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Foto do escritorFeriado no Teatro

Equipe Feriado entrevista Gota Pó e Poeira


O Grupo "Gota Pó e Poeira" concedeu entrevista para a equipe do projeto "Feriado Também é Dia de Ir Ao Teatro". O grupo é o mais antigo e um dos mais atuantes do estado. Vale a pena conferir!


O Homem que vendeu a alma ao diabo e quase perdeu o seu amor

Equipe Feriado: Como nasceu o grupo? Qual sua história? 


Gota Pó e Poeira: Surgiu em 15 de agosto de 1983, quando um grupo de adolescentes e jovens do movimento da Igreja Católica resolveu montar trabalhos independentes do contexto religioso ou escolar, vendo no grupo uma possibilidade dessa realização. A partir daí, partiram para estudo de textos, pesquisas sobre o ato de fazer teatro e ainda de como estruturar um grupo. Nessa trajetória de 35 anos, os integrantes foram se modificando, porém sempre em busca de oficinas, festivais, mostras e intercâmbio. Hoje é uma referência no Estado do Espírito Santo, sendo um dos grupos mais ativos das terras capixabas. Seu processo de criação nunca sofreu qualquer interrupção e somada às suas montagens, vieram projetos de circulação de espetáculo, realização de mostras e, ainda, a organização do Festival Nacional de Teatro de Guaçuí, que acontece anualmente. Os atores do grupo tiveram cursos, palestras e oficinas com: Dadá Venceslau, Madalena Acioly e Edilson Alves (PB); Romildo Moreira (PE); Rafael Magalhães e Hirton Fernandes (BA); Gilvan Balbino (RJ); Elídio Netto (ES); William Rodrigues (ES); César Huapaya (ES); Erlon Paschoal (ES); Renato Saudino (ES);  Mecenas Óliver (ES); Eliezer Almeida (ES); Antônio Januzelli (SP); Paulo de Paula (ES); Oscar Ferreira (ES); Cláudio Lins (ES); Elaine Rowena (ES); Daniele F. Pasca (Suiça); Helena Varvak (RJ); Grupo Galpão (MG); Eugênio Barba (Palestra); Jovane Nikolic (SP); Igor Ferreira (RJ); Romualdo Freitas (PE); Ana Kfuri (RJ); Léu Oliveira (RJ); Fabrício Moraes (ES).


Equipe Feriado: Qual sua "pegada"? Procedimentos, estética, princípios de trabalho?


Gota Pé e Poeira: A princípio o grupo fez todo seu processo de forma autodidata, depois passou por oficinas de prática de montagem com Mecenas Óliver, quando mergulhou no Ator e o Método, com foco em Stanislavisky. Com o passar dos anos, conheceu o trabalho do teatro antropofágico e o ator guerreiro, que serviram para dar corpo aos atores. Toda essa experimentação, associado a novos oficineiros, levou o grupo a buscar uma linha de trabalho que foi em torno da farsa ou da comédia mais popular, resultando inúmeros trabalhos, e em seguida a descoberta da rua e dos espaços alternativos. Hoje a pegada do grupo é a comédia com interação da plateia, embora todo construído em cima de uma dramaturgia. Por muitos é considerado um grupo eclético em sua linguagem, pois o contato com inúmeros diretores ao longo de 35 anos fez com que experimente diversas linguagens, sem perder a sua essência.


Equipe Feriado: Quais as estratégias para crescer e se desenvolver?


Gota Pó e Poeira: Estar sempre em contato com diretores e oficinas que possam agregar em seu trabalho, e fazer com que não se perca do seu maior objetivo que é a manutenção do seu público e de seu repertório, pois só assim consegue se desenvolver e sobreviver.

Equipe Feriado: Como vê o cenário atual no Espírito Santo e quais os planos para o futuro?


Gota Pó e Poeira: Todo cenário teatral do Brasil encontra-se instável, pois houve uma queda imensa no público e a necessidade constante de subsídio do Estado nas produções. Até mesmo o público ficou na espera de espetáculos patrocinados pelo Governo, com entradas gratuitas, para que estejam na plateia. O Espirito Santo tem uma gama de excelentes companhias com pesquisa e produções de qualidade e que conseguem ser reconhecidas em importantes mostras em nosso país. Acredito que falte ainda maior divulgação da imprensa capixaba, e o reconhecimento do público, embora tenha avançado muito nos últimos tempos. Os planos do Gota é continuar fazendo seu trabalho de formação de plateia e de atores; levando sua arte em diversas regiões do Espírito Santo; chegando a lugares de pouco acesso e fazendo a manutenção de seu repertório. Pretende novas montagens, no entanto, é preciso ter consciência de que nem sempre é possível grandes voos, pois são inúmeros fatores que afetam sua estrutura.

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